
Volta e meia nessa minha vida de consultora escuto líderes falando frases como:
-Não adianta, eles não fazem nada do que eu mando
-Meu problema são meus funcionários
-Se sou eu, já tinha resolvido
-Não posso sair daqui, senão a empresa não fatura.
E aí me pego pensando, quais superpoderes esse líder acredita ter?
Quando o dono deixa de ser o único funcionário da empresa, passa a imperar a lei da interdependência, ou seja, quando a empresa cresce precisa de todos os seus componentes trabalhando em suas funções para que o sucesso aconteça.
Sei que isso parece obvio, mas infelizmente não é.
Ainda me deparo constantemente com líderes que acreditam que eles são os únicos que sabem, que colhem os louros das metas batidas, derramam acusações generalizadas sobre os fatos ocorridos e disparam a caça de culpados quando o negócio não vai bem.
E veja só, acreditando que ninguém presta a rotatividade aumenta e com ela as
ações trabalhistas, os acidentes de trabalho, as mentiras, fofocas e medo.
E aí, como vocês já concluem, as metas não são batidas, a criatividade diminui, as sugestões e trocas de ideias desaparecem e está instalada uma cultura do medo, comando e controle.
Já que a velocidade aumenta à medida que a confiança cresce, é preciso
pensar que ser um líder humano, em desenvolvimento que aprecia a escuta,
pede ajuda e se apoia na interdependência para que os resultados venham, torna o ambiente da empresa mais leve e produtivo.
Na verdade, acredito que os superpoderes essenciais a um bom líder são a percepção, a vulnerabilidade e a coragem de tomar decisões. Essas,
somadas a uma equipe que sabe o que deve fazer, que é treinada para fazer,
que se sente parte do negócio, de fato são a fórmula mágica do sucesso.
Camille Holmer
Mentora de Líderes e CEO da Priorize Gestão Estratégica de Pessoas
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